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O advento do nazifascismo na Europa


  • Antecedentes - o fim da Primeira Guerra

  • Na Itália

  • Na Alemanha

  • Curiosidade: em outras partes do mundo (Brasil, Portugal e Espanha) 


Antecedentes - o fim da Primeira Guerra 

Estamos em 1918, e o Armistício de Compiège marca o fim das batalhas entre os Aliados e a Alemanha. No entanto, a paz que esse acordo aparenta trazer contrasta com a profunda anomia social que a Europa enfrenta no pós-guerra. A crise econômica é intensa, a população diminuiu significativamente e a pobreza é generalizada. Ademais, do ponto de vista político, as democracias liberais surgidas com o fim do governo monárquico são constantemente criticadas por não conseguirem solucionar os problemas da época.  Vale lembrar também que a Revolução Russa difundiu o ideal socialista pelo continente europeu, provocando um clima generalizado de revolta entre o proletariado e greves. 

Por conseguinte, é nesse contexto histórico que os movimentos autoritários de direita passam a ser pensados e idealizados. Em outras palavras, surgem como uma resposta dos setores mais conservadores a uma situação problemática que, segundo eles, só poderia ser resolvida através do estabelecimento de um Estado forte que combatesse a esquerda e que possuísse um maior controle sobre a economia. 


Na Itália 

Assim como nas outras partes da Europa, a Itália também vivenciava enfrentava uma série de problemas sociais, econômicos e políticos. Isso incluia o desemprego nas indústrias e um sentimento de frustração entre os italianos, uma vez que suas demandas imperialistas não foram atendidas, apesar de terem lutado no lado vencedor da Primeira Guerra. Além disso, o crescimento do socialismo no Parlamento e o aumento do número de sindicatos preocupavam as classes liberais e mais ricas do país.


 Dentro desse contexto tenso, o ex-socialista e jornalista Benito Mussolini, aproveitou sua posição no jornal “O Povo da Itália” para expressar sua indignação com o país no pós-guerra. Assim, ele passou a defender a centralização do poder na figura de um único governante, atribuindo valor também ao nacionalismo. Com o tempo, o italiano conquistou apoiadores e, em 1919, fundou o Fasci Italiani di Combattimento, um grupo miliciano que deu origem ao fascismo. Esse movimento caracterizou-se por uma violenta perseguição aos seus opositores de esquerda e cresceu até se tornar o Partido Nacional Fascista, com mais de 300 mil membros.

A influência de Mussolini continuou a crescer em todo o país, a ponto de seu partido organizar a Marcha sobre Roma, uma manifestação na qual milhares de pessoas exigiram que rei italiano nomeasse o fascista como primeiro-ministro. Pressionado, Vitor Emanuel III nomeia Benito para o cargo, que passou a ser chamado de Duce.

O governo de Benito Mussolini, que durou mais do que 20 anos, foi marcado pela construção de um Estado repressivo e autoritário que, por meio do fim dos partidos e da liberdade de expressão, cerceou os direitos de sua população. Ademais, seu governo controlava a economia, realizava grandes obras públicas, estabeleceu uma “educação fascista” doutrinadora, praticava propaganda política constante, defendia a expansão territorial (iniciada com a invasão da Etiópia em 1936) e promovia o corporativismo (tentativa de unir a burguesia e o proletariado por meio de leis). 


Na Alemanha

A situação da Alemanha era à da Itália, com dificuldades econômicas, sociais e políticas. Além disso, após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, o Kaiser Guilherme II fugiu, e a República de Weimar foi estabelecida como forma de governo era parlamentarista, pluripartidário e representativo, com um chefe de governo (chanceler) e um chefe de Estado (presidente).

De 1918 a 1933, o nacionalismo, imperialismo, xenofobia e antissemistismo cresceram na Alemanha. Além disso, com o aumento de movimentos comunistas após a Revolução Russa, a esquerda passou a ser demonizada pela mídia alemã. Assim, grupos paramilitares sustentados nessas ideias e apoiados por empresários e agentes do governo começaram a surgir para reprimir movimentos esquerdistas.

Em 1921, Hitler se tornou líder do Partido Nazista e, em 1924, escreveu o Mein Kampf, manifesto político e autobiografia. Após a crise de 1929, a situação socioeconômica da Alemanha piorou ainda mais, o que aumentou a insatisfação de muitas pessoas. Em 1933, o presidente Paul von Hindenburg nomeou Hitler como chanceler. Então, em 1934, após a morte do chefe de Estado anterior e a perseguição aos opositores, o nazista foi eleito presidente, acumulando os dois cargos de liderança e se autoproclamando Führer. 

Esse regime durou até 1945 e caracterizou-se por um intenso desenvolvimento bélico e um forte imperialismo, o que levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Ademais, houve uma grande perseguição a determinados grupos, como judeus, opositores políticos, Testemunhas de Jeová, homossexuais, pessoas com deficiência e minorias étnicas. Concepções cruciais para o Regime Nazista incluiam anticomunismo, antiliberalismo, ultranacionalismo, racismo, antissemitismo, revanchismo, xenofobia e imperialismo. Portanto, é importante ter muita cautela ao identificar a propagação dessas ideias.  



Curiosidade: em outras partes do mundo (Brasil, Portugal e Espanha) 

Além da Alemanha e Itália, o fascismo também se manifestou em várias partes do mundo. Na Espanha, por exemplo, de 1939 a 1976, após uma guerra civil, houve o regime de Francisco Franco. Já em Portugal, de 1932 a 1968, foi Antônio de Oliveira Salazar que exerceu um governo fascista. Esses movimentos repercutiram até no Brasil, onde, em 1932, surgiu o integralismo, cuja principal liderança foi Plínio Salgado e que adotava o lema “Deus, pátria e família”.


Fontes: Enciclopédia do Holocausto, UOL, Politize


Por: Marina e Rafael Rosas 



 
 
 

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