Conceitos Geográficos no Mundo Urbano
- Humanas Para Jovens
- 24 de abr. de 2024
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Metrópole e região metropolitana
Megalópole
Megacidade
Hierarquia urbana: uma nova visão?
Metrópole e região metropolitana
De maneira geral, concebe-se uma metrópole como uma “cidade grande” com mais de 1 milhão de habitantes. No entanto, tais centros urbanos vão além de tal definição, afinal, também costumam exercer uma forte influência econômica, política e cultural sobre os demais municípios e região em seu entorno. De acordo com a National Geographic, as cinco maiores metrópoles do mundo são Tóquio (Japão), Nova Deli (Índia), Xangai (China), Dhaka (Bangladesh) e São Paulo (Brasil).
Como uma cidade central que impacta seus arredores, as metrópoles costumam “gerar” regiões metropolitanas. Essas, formadas a partir do fenômeno da conurbação, encontro físico da malha urbana de duas (ou mais) cidades, são marcadas por uma alta concentração populacional e por fluxos intensos de pessoas. No Brasil, a administração de tais regiões deve ser feita a partir do Estatuto da Metrópole.
Megalópole
Uma megalópole é uma região densamente urbanizada marcada, principalmente, pela articulação (união) entre metrópoles, suas regiões metropolitanas e pequenas cidades. Nessas, forma-se uma extensa rede urbana marcada por fluxos econômicos, sociais e culturais.
A maior megalópole do planeta encontra-se no Japão, envolvendo cerca de 7 metrópoles e estendendo-se por cerca de 1000km. No Brasil, pode-se citar apenas uma de tais redes urbanas: a que vai da Grande Rio a Grande São Paulo.
Por fim, é importante mencionar que nem todo o espaço geográfico de uma megalópole precisa ser urbanizado podendo, assim, envolver áreas rurais. Nestas, é comum a presença de agroindústrias que supram o mercado das cidades no entorno.
Megacidade
O conceito de uma megacidade é relativamente simples. Desse modo, a expressão criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), diz respeito a uma cidade com mais de 10 milhões de habitantes. No Estado Brasileiro, apenas o Rio de Janeiro e São Paulo podem ser consideradas megacidades. É importante não confundir esse conceito com o de megalópole!
Cidade global x Cidade satélite
A cidade global caracteriza-se por ser uma cidade com renome internacional, que está inserida na e influencia tanto a economia quanto a política global. No Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo são consideradas cidades globais por possuírem sedes ou filiais de multinacionais, de instituições financeiras globalmente presentes, grandes aeroportos e bolsas de valores.
Diferentemente, as cidades satélites referem-se a cidades que ficam no entorno de centros urbanos maiores. As pessoas costumam morar em tais cidades, trabalhando durante o dia nas metrópoles e retornando para suas residências para o descanso - daí serem conhecidas por “cidades dormitório”.
Hierarquia urbana: uma nova visão?
O conceito tradicional de hierarquia urbana envolve como as cidades se estruturam dentro de uma escala de “subordinação”. Enquanto cidades de baixo porte se subordinam a cidades de porte médio, essas estariam “abaixo” das metrópoles - essa seria a versão clássica da hierarquia urbana. Como existe também uma quantidade de oferta de serviços diferente, as metrópoles são onde serviços mais específicos podem ser encontrados que raramente são encontrados em cidades de baixo porte, elas dependem dessas metrópoles, como para tratamentos oncológicos.
Por outro lado, o esquema atual envolve uma relação mais fluida, seguindo uma linha horizontal. Nessa nova visão de hierarquia urbana existe o reconhecimento de uma relação de dependência das cidades locais e vilas com as metrópoles, tanto quanto as metrópoles precisam das vilas e das cidades locais. As metrópoles possuem esse estereótipo de ser o lugar que pode oferecer tudo, mas muitas pessoas de fora das metrópoles as apoiam para que elas consigam funcionar, exemplos como aterros sanitários e sistemas agrícolas são essenciais para manutenção das metrópoles.
Por Rafael Rosas e Raquel
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