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Filosofia Grega

  1. Surgimento e os pré-socráticos

  2. Sócrates, Platão, Aristóteles

  3. Sofistas

  4. Helenistas


Surgimento e os pré-socráticos:

Pode-se dizer que a Filosofia tem origem na Grécia Antiga a partir da contestação grega de suas próprias explicações míticas. Em outras palavras, a busca pelo saber deriva do questionamento grego de sua própria cosmogonia, a qual não era mais suficiente para explicar e oferecer sentido ao mundo exterior. Tal processo de contestação teve origem em uma série de fatores, como no contato com as religiões de outros povos e na criação de um alfabeto, os quais geraram um certo desencanto com a religião e, a partir da escrita, preveniram sua modificação oral para adaptar-se a possíveis novos questionamentos.


Os pré-socráticos, nesse sentido, como os primeiros filósofos da história objetivaram encontrar explicações sensíveis para a formação e constituição do universo que substituíssem a mitologia. Dessa maneira, a partir da observação da physis (natureza), propunham uma arché - elemento básico e inicial de que derivam as demais formas, objetos e fenômenos sensíveis.


Como exemplos de pré-socráticos destaca-se Tales de Mileto, o primeiro filósofo e defensor da água como arché; Demócrito, que já propôs o átomo como arché; Heráclito, com o devir (mudança constante) e Parmênides, com a teoria oposta de que as alterações sensíveis seriam apenas aparentes. Vale, por fim, mencionar as contribuições de Pitágoras com a matemática (os números como arché) e da escola pluralista (os 4 elementos).


Sócrates, Platão, Aristóteles:

Sócrates, Platão e Aristóteles pertencem à Grécia Antiga, especificamente ao período conhecido como a Era Clássica da Grécia. Sócrates foi um dos principais filósofos do século V a.C., enquanto Platão e Aristóteles foram ativos no século IV a.C.

Sócrates é conhecido por sua abordagem de questionamento e diálogo, conhecida como método socrático. Ele acreditava que o verdadeiro conhecimento vinha do questionamento constante das crenças e ideias. Sócrates foi condenado à morte por corromper a juventude e por impiedade, de acordo com as leis atenienses. Ele aceitou a sentença e, assim, bebeu veneno. Ele não deixou nenhum escrito próprio, portanto, suas ideias são conhecidas principalmente através dos escritos de seus alunos, especialmente Platão.

Platão, discípulo de Sócrates, fundou a Academia em Atenas, uma das primeiras instituições de ensino superior no mundo ocidental. Ele é famoso por seus diálogos filosóficos nos quais Sócrates frequentemente é o personagem principal, e por sua teoria das Formas, que argumenta que há formas universais e eternas que constituem a realidade além do mundo sensível. Platão escreveu extensivamente sobre ética, política, epistemologia (natureza do conhecimento) e metafísica. Suas obras mais famosas incluem "A República", onde ele descreve sua visão de uma sociedade ideal, e "O Banquete", um diálogo sobre amor e beleza.

Aristóteles foi aluno da Academia de Platão, mas eventualmente se tornou um crítico das ideias de seu mestre. Ele fundou sua própria escola, o Liceu, em Atenas, onde ensinou filosofia e ciência. Aristóteles é conhecido por suas contribuições em várias áreas, incluindo lógica, metafísica, ética, política, biologia e física. Ele desenvolveu o método dedutivo de raciocínio e suas obras influenciaram o pensamento ocidental por séculos. Uma de suas obras mais conhecidas é "Ética a Nicômaco".


Sofistas:

Os sofistas, “filósofos professores”, foram estudiosos gregos que ofereciam serviços pagos para o ensino da retórica e oratória aos habitantes das pólis. Em um contexto de primazia da ágora e do debate na Grécia Antiga, detiveram um papel de destaque ao preparar os cidadãos para um melhor exercício das funções públicas, as quais incluíam assembleias e julgamentos. Pode-se dizer que os dois principais sofistas foram Protágoras e Górgias.

Tais pensadores foram duramente criticados por Sócrates, afinal, para o “defensor da maiêutica” a verdadeira Filosofia não deveria estar pautada no ganho financeiro e sim, na realidade, em um “amor” e busca reais pelo conhecimento.


Helenismo:

O Helenismo refere-se ao período histórico que se seguiu à morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C. e durou até a incorporação do último reino helenístico ao Império Romano em 31 a.C. Durante esse período, a cultura grega se espalhou pelo mundo mediterrâneo oriental devido às conquistas de Alexandre, resultando em uma era de intensa troca cultural e sincretismo entre as culturas grega, egípcia, persa e outras.

As duas escolas filosóficas mais proeminentes deste período foram Estoicismo e o Epicurismo, embora outras, como o Ceticismo, também tenham desempenhado papéis importantes.

Estoicismo foi fundado por Zenão de Cítio. Esse pensamento enfatizava a importância do autocontrole, da virtude e da aceitação serena do destino. Os estoicos acreditavam que o universo era governado por uma razão divina (Logos) e que os indivíduos deveriam viver em harmonia com essa ordem cósmica. Filósofos estoicos notáveis incluem Epicteto, Sêneca e Marco Aurélio.

Epicurismo foi fundado por Epicuro que buscava alcançar a felicidade (eudaimonia) através da busca pelo prazer moderado e pela ausência de dor (ataraxia). Porém não confunda isso com o hedonismo, pois o hedonismo defendia prazeres imediatos e o epicurismo enfatizava a importância dos prazeres simples e duradouros, como a amizade. Epicuro também argumentava que o medo da morte é iirracional, pois a morte não era algo a ser temido, já que quando alguém morre, a sensação de dor cessa.

Os céticos duvidavam da capacidade da mente humana de alcançar o conhecimento absoluto e sustentavam uma atitude de suspensão do juízo em relação a todas as crenças. Um dos principais representantes do ceticismo helenístico foi Pirro de Élis.


Feito Por: Eduarda Nora e Rafael Rosas.



 
 
 

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